NOTÍCIA

 

Um grupo de professores da Unicamp participou de uma série de visitas a instituições de ensino e pesquisa da China. Organizada pelo Instituto Confúcio e pela Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI) e liderada pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles, a delegação começou articulações para a formalização de convênios e parcerias nas áreas de tecnologia, ciências ambientais, humanidades e artes. A delegação da Universidade permaneceu na China no período de 7 a 18 de março, nas cidades de Pequim e Shanghai.

Durante as primeiras etapas de sua visita à China, a delegação da Unicamp explorou importantes instituições de arte, iniciando pela Beijing Dance Academy, onde recebeu um convite para se juntar ao World Dance Education Alliance. As discussões sobre colaborações futuras também marcaram a visita ao Beijing Central Conservatory of Music (CCOM), sob o diálogo com o regente Yu Feng, e à Peking University, onde a diretora do Instituto de Artes, Lui Chen, expressou interesse em estabelecer parcerias em pesquisa e performances artísticas diversas com a Unicamp, destacando-se a abertura para amplas áreas de cooperação no cenário artístico e acadêmico.

Nos dias seguintes, a delegação esteve nas Universidades de Pequim e Normal de Pequim, além de na Embaixada do Brasil na China. A Unicamp já possui acordos de cooperação com a Universidade de Pequim envolvendo o intercâmbio de estudantes, pesquisas em ciências sociais e colaboração na formação de professores chineses de português. “Queremos agora aprofundar a colaboração e ampliar as áreas envolvidas para artes, meio ambiente, ciências da vida e engenharias”, explicou o reitor.

 

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O Diretor do Instituto Confúcio e Professor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, Bruno de Conti, destacou a importância das interações realizadas durante a missão, afirmando: "Esta missão à China representou uma oportunidade ímpar para trabalharmos na ampliação de parcerias com universidades chinesas em campos diversos. Fomos capazes de aprofundar as parcerias já existentes e, ao mesmo tempo, tratar de novos acordos de cooperação. Este momento se mostra particularmente propício para tal relação, visto que a China se destaca como um dos países que mais investem em ciência, tecnologia e inovação."

A Unicamp não tinha acordos anteriores com a Universidade Normal, mas foram consideradas possibilidades para iniciar ações colaborativas nas áreas das ciências ambientais, tecnológicas, de humanidades e de artes. De acordo com Meirelles, os escritórios de relações internacionais das duas instituições já iniciaram o detalhamento sobre possibilidades específicas de cooperação.

 

Energia e transporte ferroviário

No dia 11 de março, o grupo da Unicamp visitou, na capital chinesa, a North China Electric Power University. Pertencente à Universidade de Pequim, o complexo é considerado o principal laboratório chinês de energia elétrica e energias renováveis e definido como laboratório nacional pelo governo central. A delegação foi recebida pelo reitor Yang Youngping.

“Discutimos sobre possibilidades de cooperação em pesquisa na área de energia e sustentabilidade, sobre eventuais cursos com dupla diplomação e sobre a possibilidade de formarmos um instituto Brasil-China de economia de baixo carbono”, contou o reitor.

No mesmo dia, a equipe visitou o laboratório da área de transporte ferroviário da Beijing Jiaotong University (BJTU). O laboratório é responsável pelo desenvolvimento de e pela pesquisa sobre trens de alta velocidade.

Em sua análise sobre a cooperação em curso e as perspectivas futuras, o Diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Celio Hiratuka, ressaltou: "Foram reforçados laços e estabelecidos novos contatos que podem viabilizar o intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, além da mobilidade de professores. Essa aproximação com universidades e institutos de pesquisa de um dos sistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação que mais cresce no mundo é, por si só, de suma importância. Além disso, a aproximação acadêmica com a China representa também uma oportunidade única para avançarmos em projetos conjuntos que podem promover estudos comparativos entre Brasil e China e fomentar um processo de aprendizado aprofundado sobre a economia e a sociedade chinesa."


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Durante a missão à China, a delegação da Unicamp teve um encontro com Dilma Rousseff, atual presidente do “New Development Bank”, também conhecido como Banco dos BRICS. Este momento representou uma etapa de destaque na viagem, reiterando o propósito de identificar oportunidades de financiamento para iniciativas ligadas ao desenvolvimento sustentável e à pesquisa.

 

Visita à embaixada brasileira

 

O grupo da Unicamp foi recebido ainda pelo embaixador brasileiro na China, Marcos Bezerra Abbott Galvão. “Apresentamos os objetivos da Unicamp em seu futuro próximo, em particular na área de inovação”, disse o reitor.
 

“Procuramos sedimentar o projeto HIDS [HUB Internacional de Desenvolvimento Sustentável] e pedimos a colaboração das nossas embaixadas para a divulgação de seus projetos junto a agentes do mundo corporativo, governamental e acadêmico dos diferentes países”, afirmou Meirelles.


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Além de Galvão, estiveram na recepção ao grupo da Unicamp outros cinco membros da embaixada: João Batista do Nascimento Magalhães (ministro conselheiro, chefe do Setor Cultural), Luis Felipe Yonezawa Fernandes (chefe do Setor Educacional), Victor Tibau (chefe do Setor de Ciência, Tecnologia e Inovação), Pedro Henrique Barbosa (chefe do Setor Político) e Marcus da Costa Ramalho (ministro conselheiro, Área de Política, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia).

 

Com informações do Jornal da Unicamp